Escalas de Acordes -
Primeiramente, vamos esclarecer que em Harmonia Funcional, praticamente, não se faz distinção entre as oitavas em que as tensões são tocadas. Por isso, devemos olhar para os graus da escala: I II III IV V VI VII e ver, separadamente, as notas de acorde (NA) e as notas de tensão (NT): I 9 III 11 V 13 VII .
As notas de tensão (NT) ou tensões diatônicas, estão entre as notas do acorde. Já que o acorde de tríade é formado pelos graus I III V, e o de tétrade I III V VII, essas notas são exatamente 2, 4 e 6, as notas pares da escala, veja:
I 2 III 4 V 6 VII
ou então, pensando na outra oitava, 9, 11 e 13:
I 2 III 4 V 6 VII | VIII 9 III 11 V 13 VII
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si | Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Assim, podemos ver claramente que a escala inteira pode ser usada como acorde. As notas ímpares formam o som mais básico, original da série harmônica e as pares, podem ser usadas como tensão. É importante se ter em mente esta junção: Escala X Acordes. Pois, na verdade, são duas abordagens de um mesmo assunto.
Um acorde que se optou por fazer, numa determinada música, é uma estrutura baseada no som mais primitivo da nota que ele "acompanha", cruzada com a escala da tonalidade da melodia desta música.
Isso, determina as notas disponíveis, além das notas que já pertencem àquele acorde. Este acorde ou escala pode ser natural daquele tom ou pensado para aquele momento específico. Cabe ainda a informação de que, a cada novo acorde, pensamos em um novo Grau I.
Se pensarmos numa Escala:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Acorde sobre o grau I:
Dó Mi Sol Si
Tensões disponíveis:
Ré Fá Lá
Se pensarmos num acorde:
Dó Mi Sol Si
Escala sobre seu grau I:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Tensões disponíveis:
Ré Fá Lá
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