Temos alguns exemplos de visão estruturada:
Um experimento foi feito da seguinte forma: Um circuito elétrico com dois bocais e duas lâmpadas, em suas extremidades, foram presos a uma tabela (como a de basquete), e foram pendurados na parede de uma sala.
Um espectador voluntário era orientado a sentar na cadeira colocada alguns metros a frente da tabela, porém, a sala ficava sempre na penumbra, de modo que não fosse possível observar exatamente o que havia na parede oposta a porta (a tabela).
Acendia-se, então as luzes destas lâmpadas, intercaladamente, em três velocidades diferentes, fazendo-as piscar. Os espectadores, um de cada vez, relataram o seguinte:
1) Quando a velocidade era mais baixa, viam uma luz acender e apagar e, depois, a mesma coisa com a outra.
2) Passando para outra velocidade, viam as luzes trocarem de posição: andarem!!!
3) Aumentando ainda mais a velocidade, diziam que as duas luzes ficaram acesas permanentemente.
Temos outros sentidos, se não me engano mais 4. Um deles, percebo com muita freqüência que uso, pois vivo de música e posso ver muitas vezes essa percepção estruturada se dar.
É claro que se esta fosse a única maneira de percebermos, muitos problemas teriam sido resolvidos através do gestaltismo e, provavelmente, não se teria avançado em outros campos. É como as fórmulas gerais, que servem para o dia-a-dia, porém se precisarmos lançar um satélite em órbita, temos que ser mais específicos e precisos.
Esta percepção estruturada baliza a forma como compreendemos a música, por isso acho interessante entender como percebemos para, depois, falarmos de música.
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