domingo, 8 de setembro de 2013

Depois do assalto - Carta pra minha irmã

E quanto às suas coisas, mamãe pegou? Se não deixa, acho melhor enterrá-las... O luto, é normal e a morte, é tudo que preparamos na vida, que nos é dada como todo o resto. As coisas, são apenas coisas e são facilmente encontradas e explicáveis. Já nós, implacáveis e misteriosos...
Não fique de luto por causa de um assalto. Vem maninha, olha o dia, olha toda a poesia de ser, saber e poder... Vem ver a vida que é linda! É só querer... Por que? Porque sim! Todas as escolhas, quando sim e quando não, até mesmo quando não escolhemos e ainda sim é uma escolha. O destino de preferir e o livre arbítrio de sempre optar, a sina de se resignar com o que não escolhemos. De aceitar o diferente. De lutar pelo que queremos. Correr atrás do que sonhamos.
Os sonhos não envelhecem e nós passamos. Construamos então! Maktub! Está tudo certo por linhas tortas nesta trilha de sutil compreensão. Linha tênue entre resistência e rendição. Caminho curioso entre o sim e o não. Entre os extremos. Caminho do meio e do perdão. Difíceis atitudes e conceitos. A minha fácil explicação? Taí:
Amar a Deus primeiro, que é a vida e toda essa paradoxal beleza ou loucura -Cabe ao intérprete decidir - Depois amar aos outros como a nós. E nesse carrossel, amar a nós como aos outros. Para ficar mais bonito...
Interação do Ying e Yang...O grande vetor norte de onde viemos, para onde vamos, o que buscamos e o que somos... As pequenas decisões... A liberdade é escolher se está meio vazio ou meio cheio... A condenação é ter de escolher sempre... “Morrer deve ser tão frio quanto na hora do parto”. Mas a pureza da resposta das crianças é o que importa: “É a vida, é bonita e é bonita”. Não é neguinha?
E pra dividir estes tempos comigo, tive a honra e o prazer de ser teu irmão. Vamos para cima deste azedinho-doce! Também te amo muito.

Eu Mes

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