domingo, 8 de setembro de 2013

Norte

Depois de uma frase do meu professor de improvisação Carlos Café, fiquei viajando no paradoxal sentido que ela encerrava: “Tudo o que ouvimos, nos forma e nos move o presente. É o nosso norte”.
É claro que ele se referia a música, mas eu, como bom alucinado, já comecei a sonhar... Ora se o norte é algo que nós buscamos, que nos ilumina os olhos, como a luz no fim do túnel, como poderia ser o que nos formou?
O ímã aponta para sua essência, para o grande “ele mesmo” que é o norte e assim somos nós, carregados pelo tempo, achando que devemos sair de onde somos para chegar a algum alguém...
Pensava em dois pontos diferentes, como o lugar de onde viemos e o lugar para aonde vamos mas, agora tenho uma visão de força centrípeta que nos impele sempre ao nosso centro. O norte não é para onde eu vou e sim, de onde vim...
O tempo é a força centrífuga que nos arrasta para outras direções, se soubermos agir com resistência e rendição, equilibradamente, poderemos rodar sem perder nosso centro, o eixo.

Eu Mes

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