http://www.youtube.com/watch?v=eHT_7OtcfAA
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Projeto Entre Amigos
Zumbi 2012
Depois do Show, ajustando os detalhes e mixando no estúdio Mills. Com Lula Matos e Carlinhos Signorelli.
Dia da consciência Negra - 20 Nov 2012 - Teatro João Nogueira - Silas de Oliveira
Gravação do show
Monarco
Sombrinha
Eu e Marcelinho Corrêa ficamos fora da fota à esquerda...
Arranjos e Condução: Maestro Ivan Paulo
Bateria:
Percussão: Marcelo Amaro
Tantan e Repinique: Lula Matos
Surdo: Vando
Repique e Caixa: Hugo da Rocinha
Pandeiro e Caixa: Dê da Rocinha
Teclado: Fernando Merlino
Baixo: Dudu Dias
Cavaco: Márcio Hulk
Bandolim e Violão Tenor: Luiz Barcelos
Violão: Marcelo China
Violão de 7: Marcelinho Corrêa
Sopro:
Coro:
domingo, 8 de setembro de 2013
Célebres conselhos da diretoria #12
Marcos Rangel: "O problema, às vezes, não é tão ruim, quanto a forma que escolhemos para lidar com ele."
Notas de tensão #1
Escalas de Acordes -
Primeiramente, vamos esclarecer que em Harmonia Funcional, praticamente, não se faz distinção entre as oitavas em que as tensões são tocadas. Por isso, devemos olhar para os graus da escala: I II III IV V VI VII e ver, separadamente, as notas de acorde (NA) e as notas de tensão (NT): I 9 III 11 V 13 VII .
As notas de tensão (NT) ou tensões diatônicas, estão entre as notas do acorde. Já que o acorde de tríade é formado pelos graus I III V, e o de tétrade I III V VII, essas notas são exatamente 2, 4 e 6, as notas pares da escala, veja:
I 2 III 4 V 6 VII
ou então, pensando na outra oitava, 9, 11 e 13:
I 2 III 4 V 6 VII | VIII 9 III 11 V 13 VII
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si | Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Assim, podemos ver claramente que a escala inteira pode ser usada como acorde. As notas ímpares formam o som mais básico, original da série harmônica e as pares, podem ser usadas como tensão. É importante se ter em mente esta junção: Escala X Acordes. Pois, na verdade, são duas abordagens de um mesmo assunto.
Um acorde que se optou por fazer, numa determinada música, é uma estrutura baseada no som mais primitivo da nota que ele "acompanha", cruzada com a escala da tonalidade da melodia desta música.
Isso, determina as notas disponíveis, além das notas que já pertencem àquele acorde. Este acorde ou escala pode ser natural daquele tom ou pensado para aquele momento específico. Cabe ainda a informação de que, a cada novo acorde, pensamos em um novo Grau I.
Se pensarmos numa Escala:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Acorde sobre o grau I:
Dó Mi Sol Si
Tensões disponíveis:
Ré Fá Lá
Se pensarmos num acorde:
Dó Mi Sol Si
Escala sobre seu grau I:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Tensões disponíveis:
Ré Fá Lá
Notas de Tensão #2
Extensões Verticais-
As notas de tensão (NT), também são chamadas "Extensões Verticais", pois basta manter a superposição de 3as, fórmula básica da formação de acordes, que se chega a elas.
Ex: Acorde de C Tríade (Dó Mi Sol)
Acorde de C7 Tétrade (Dó Mi Sol Sib)
Tensões 9 #11 13 (Ré Fá# Lá)
Usando todas as tensões o Acorde ficaria C7 9 (#11 13)
Dó + Mi + Sol + Sib + Ré + Fá# + Lá + (Dó)
3a 3a 3a 3a 3a 3a 3a
|-------Tríade------|-Tétrade-|-------Tensões------|
Também chegamos a este resultado escrevendo a escala em duas oitavas seguidas:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
E ficando só com as Terças:
Dó Mi Sol Si Ré Fá Lá
Notas de tensão #3
"Regra do tom acima"-
Já ficou claro que as notas de tensão (NT) estão entre as notas de acorde (NA), mas para bem entendê-las, no entanto, é melhor nos basearmos sempre nos graus de acorde situados abaixo delas.
Dessa forma, seguimos a famosa "regra do tom acima", que é como um macete, para tornar mais simples pensá-las: Sobre cada grau existe uma tensão, localizada um tom acima. É baseada no tipo de acorde.
Ex: Sobre a I existe a 9
Sobre a III existe a #11
Sobre a bIII existe a 11
Sobre a V existe a 13 ou 6
Sobre a bV existe a b13
Sobre a bbVII existe a 7M
Sobre a #V, bVII e VII não existem tensões diatônicas
A regra seguida foi uma regra acústica: Manter afastada a nota que está meio-tom acima de uma NA. Normalmente, a Nota de Acorde é um som importante, um Grau característico, que se quer tocar, por isso evita-se este semi-tom acima e os "batimentos" gerados por ele. Não se pode esquecer, que este intervalo chamado de segunda menor (b2), em sua outra oitava, nona menor (b9), também pode gerar uma dissonância não pretendida num primeiro momento.
Cifragem Básica:
A cifragem segue as seguintes convenções:
- Todo acorde pode ter 9
- Usa-se o nome 4, se esta, for nota do acorde.
Se for tensão, usa-se o nome 11.
Ex: CSus4 = I IV V (Dó Fá Sol)
Cm11 = I bIII V + IV (Dó Mib Sol + Fá)
- A relação da 6 com a 7M é de um tom e são intercambiáves.
Ex: C7M <=> C6
- Usa-se o nome 6, quando esta é nota de acorde.
Usa-se 13 quando for nota de tensão, basicamente se existir b7, pois distam meio-tom e o acorde ganha tensão.
Ex: C6 = I III V VI (Dó Mi Sol Lá)
C7(13) = I III V bVII + VI (Dó Mi Sol Sib + Lá)
Também é bom frisar, que as tensões podem ser usadas separadamente ou combinadas. Não somente sobre Tétrades, mas também sobre Tríades. Neste caso, onde não existe a VII, usa-se o nome de "tensão adicionada", grafada freqüentemente "Add".
Diatônica e Modal-
Apesar de serem chamadas Tensões Diatônicas, têm que estar livres de tonalidade para serem pensadas. Podendo acontecer que nem toda tensão que "cabe" num acorde, "caiba" no tom. A informação gerada pela "regra do tom acima" deve ser comparada com as tensões disponíveis naquele tom. A regra é boa para sermos apresentados às tensões, mas não podemos aplicá-la sem cuidado.
Devemos combinar o uso das tensões com nossa intenção: reforçar ou descaracterizar o tom. Basta voltar ao Ciclo das Quintas e lembrar que a diferença de um tom para outro, além é claro, da nota de repouso, as vezes é de apenas uma nota. Como no caso dos tons vizinhos Fá e Dó:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Fá Sol Lá Sib Dó Ré Mi Fá
Isso quer dizer que se estamos usando uma tensão, que é perfeita acusticamente, mas não faz parte do tom, podemos fugir da nossa própria intenção e "cair" em outro tom. Usando estas mesmas escalas:
Se quisermos colocar uma 9 no acorde de Am?
Consultemos a regra lá de cima, para acordes menores (I bIII e V):
Podem usar acusticamente 9, 11 e 13.
Então usaremos a 9.
A nona está um tom acima da I.
No caso de Am, ela seria Si.
Se estivermos no tom de Dó, o Si está disponível.
Se estivermos no tom de Fá, Só o Sib está disponível.
Se fizermos um Am9 no tom de Dó, a tensão soará Tonal.
Se fizermos um Am9 no tom de Fá, a tensão soará Modal (não pertencente ao tom, mas proveniente de algum empréstimo).
Como fazer para esta tensão soar tonal em Fá?
A nota "Si" sempre soará Modal em Fá, pois não pertence a tonalidade e, por isso, leva o ouvinte a sentir este Am como um acorde proveniente de Dó e o trecho melódico num modo da tonalidade de Dó.
Célebres Conselhos da Diretoria #10
Marcio Costa: "Se você quer um inimigo, é só brincar com o tempo de alguém".
Célebres Conselhos da Diretoria #9
Sylvia: "Tenta, até você ter a certeza de que fez o máximo que podia."
Notas de Tensão #4
Notas de Passagem-
As Nota de Passagem (NP) são vistas como notas perigosas, que não podem ser tocadas para não ferir um acorde. Já vimos em outros posts que isso não é inteiramente verdade, pois se num improviso, queremos nos manter fiéis a música e usar apenas notas "boas" para não alterar a função dos acordes sobre os quais a música já foi tocada e agora improvisamos, podemos, compondo, precisar de uma sonoridade mais ríspida e usar uma nota bem mais tensa, até mesmo fora da tonalidade.
Um grande erro é desprezar os intervalos de b2, estas notas situadas meio-tom acima das notas de acorde não servem como tensão por não poderem ser tocadas longamente, porém servem como nota de passagem caracterizando a posição do acorde. E podem ser usadas de forma semelhante a tensão: Situar ou retirar o acorde da tonalidade ou modo de origem.
No exemplo anterior, um Am9 é tocado na tonalidade de Fá e soa modal pelo uso do "Si", não pertencente ao tom, e na tonalidade de Dó, soa Tonal pois a nota pertence ao tom. Isto se refere a notas de tensão, tocadas longamente, pelo menos o mesmo tempo que o restante do acorde, notas que podem soar junto com a tríade, o acorde primordial.
Do outro lado das notas de tensão estão as notas de passagem, veja a semelhança do resultado, apesar da diferença na aplicação: Ao se tocar de forma passageira o "Si bemol" sobre o acorde de Am, isso o caracteriza como III Grau do tom de Fá (Am Frígio), mesmo que a música fique neste acorde o tempo todo e nunca vá para Fá nem qualquer outro acorde. Da mesma forma, se isso acontece sobre um Am no tom de Dó que teve um simples "Si" alterado para "Si bemol".
A força e a magia da NP se dá, exatamente neste momento: quando se quer reforçar ou descaracterizar um tom ou modo sem o uso de notas somadas ao acorde, mas simplesmente de notas que passam por ele e o posicionam. Então, esta nota Bb (b2) que não pode ser demorada, para não se chocar com a função do acorde, passa a ser primordial para o reforço dos clichês.
Em música, clichê não tem uma conotação pejorativa e significa o que nos permite reconhecer um estilo, um gênero, e até mesmo um tom, modo, ritmo, compasso, estrutura etc.
Aplicação Prática-
É comum, no dia-a-dia musical, termos que visualizar sob diferentes pontos-de-vista, um mesmo assunto. Vejamos, sob a ótica da harmonia (Ex azul) e do improviso (Ex vermelho), a aplicação destes novos conhecimentos:
Ex: Se sobre uma nota melódica temos um acorde de G7, já sabemos que em sua estrutura, estão 4 notas da escala em questão: Sol, Si, Ré e Fá (I III V VII). A partir disto, o uso das tensões (que são as 3 notas restantes), é determinado pela melodia da música, que "completa" a escala.
Se estivermos numa música na tonalidade de C, as notas restantes serão Lá, Dó e Mi. E se encaixariam no acorde como 9, 4 e 13. Sendo que a 4 seria Nota de Passagem (NP) e não seria usada como tensão num primeiro momento. Resumindo, caso o harmonizador quisesse, poderia tocar: G7, G7(13), G7(9), ou G7(9,13)
Ex: Se num acompanhamento para improviso, só com acordes, temos um acorde de G7, suas 4 notas já definem mais da metade da escala: Sol, Si, Ré e Fá (I III V VII). Porém as notas restantes determinarão a escala escolhida e que tensões vão soar.
Como, ao improvisar, não há uma necessidade de permanência na escala do tom. Se tocarmos uma escala de C, as notas restantes serão Lá, Dó e Mi e soarão como 9, 4 e 13. Se usarmos uma escala de Cm Harmônica, as notas restantes serão Láb, Dó e Mib e soarão como b9, 4 e b13. Ou seja, dependendo da escala em que o improvisador toca, o acorde pode ser ouvido como: G7, G7(13), G7(9), ou G7(9,13) se for a escala de C ou G7(b13), G7(b9), ou G7(b9,b13) se for a de Cm.
Notas de tensão #5
Escala da Tonalidade da música X Regra do tom acima
Como vimos, nem todas as notas da escala são usadas como tensão, sobre um acorde, pois sua relação intervalar com a nota fundamental (que dá nome ao acorde) ou alguma outra nota dele, pode ter grande dissonância. O macete da "regra do tom acima", ajuda a enxergar com mais facilidade as notas de maior consonância. Para se conseguir usar objetivamente estas tensões, devemos sempre fazer o cruzamento de dados:
Ex: Acorde de C, no tom C.
Escala do tom Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Acorde Dó + Mi + Sol + Si
Tensões naturalmente disponíveis Ré, Fá e Lá
Tensões da "regra" Ré, Fá # e Lá
A nota fá, por estar a meio-tom da nota Mi (grau III), não é usada como tensão, e caso se queira usar a tensão de quarta deve-se então usar a nota Fá#, para poder se tocá-la longamente e até mesmo somá-la ao acorde. Porém, esta nota pode descaracterizar o tom, já que é a única nota de diferença entre os tons C e G.
Veja as escalas:
Escala do tom Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Escala de Sol Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#
Ou seja, em Dó o acorde com o maior número de tensões possível, porém "Tonal" é
C7M (6 9). Não usa a tensão #4 e, sim, 4 de passagem (NP).
Ex: Mas se estivéssemos em G?
Escala do tom Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá#
Acorde Dó + Mi + Sol + Si
Tensões da "regra" Ré, Fá# e Lá
A nota Fá# pode ser usada, pois pertence ao tom, ou seja, em Sol o acorde com o maior número de tensões, mas "Tonal" é C7M (6 #11 9).
Nada nos impede de usar uma tensão não característica, devemos apenas ter consciência do que estamos fazendo e dos possíveis problemas que teremos que resolver. A maioria dos acordes têm as 3 tensões (9, 11 e 13), porém, só é possível usar todas elas, em uma escala específica. Se aquela escala não é a do tom em questão, temos que optar: sair do som característico ou retirar a tensão não característica.
Numa cadência, temos diversos acordes, se cada um deles for feito com todas as suas tensões acusticamente ideais, teríamos um resultado não tonal.
Na cadência || C | Am | Dm | G7 ||, característica do tom de Dó maior, se usarmos todas as tensões acústicas, teríamos o seguinte resultado:
||C7M (9 #11 6) | Am7 (9 11 13) | Dm7 (9 11 13) | G7 (9 #11, 13)||
Em termos de escalas, isto corresponderia a:
|| C Lídio | Am Dórico | Dm Dórico | G7 Lídio b7 ||
Que quer dizer o seguinte:
||C da escala de Sol |
Am da escala de Sol|
Am da escala de Sol|
Dm da escala de Dó|
G7 da escala de Dm Melódica||
Que possuem notas fora do tom de dó.
C Lídio Dó Ré Mi Fá# Sol Lá Si Dó
Am Dórico Lá Si Dó Ré Mi Fá# Sol Lá
Dm Dórico Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
G7 Lídio b7 Sol Lá Si Dó# Ré Mi Fá Sol
Justamente pelo fato da "regra do tom acima" ser livre de contexto tonal, para conseguir segui-la completamente, pode-se ter que usar notas fora do tom daquela música. É mister lembrar que não é necessário usar nenhuma tensão em um acorde, ele pode funcionar apenas como Tríade e muitas vezes até com menos de três notas, como é o caso do PowerChord, que usa apenas I e V. O critério de uso varia de músico para músico e depende do gênero, do tipo de instrumentação, do arranjo e da intenção.
Notas de Tensão #6
Notas de Tensão (Diatônicas)-
Vejamos a escala e seus modos:
Nomenclatura: Uso do nome dos modos para visualização das relações intervalares -
Para se falar sobre escalas e acordes, o nome dos modos, foi diversas vezes abordado. Apesar de fazerem muita confusão, é um assunto simples:
Os acordes são escalas, com suas notas estruturadas em terças e, por sua vez, as escalas são acordes com suas terças desfeitas e recolocadas na ordem.
A cada tipo acorde, temos uma relação intervalar entre sua fundamental e todas as outras notas. Este acorde com sua relação recolocada em ordem gera um tipo de escala.
Na música modal, usavam-se diferentes tipos de relação entre o tom e suas notas. Por isso, os modos hoje, servem como modelos de escalas. Não se trata de musica modal, mas de se usar o nome do modo no acorde ou escala, que tem relações intervalares iguais a dele.
Na música tonal, temos uma Tônica, a nota de repouso, definida culturalmente e que, por sua vez, predefine a estrutura de sua escala e por conseguinte suas notas, acordes e funções. Porém, não há uma lei da Física que proíba o descanso em outros graus daquela mesma escala.
Por isso, com toda a certeza, pode-se repousar onde quiser. E isso é o Modalismo, um sistema que por sua simples sistematização e pouca variação e, ao mesmo tempo, pouca previsibilidade, foi aos poucos dando espaço ao Tonalismo e suas preparações, resoluções, modulações etc...
Lembremos:
Vejamos a escala e seus modos:
Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó
Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó Ré
Fá Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá
Sol Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá
Si Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si
Os modos nada mais são, do que começar a mesma escala por cada uma das notas que a compõem.
Em intervalos Tom (T) e Semi-tom (ST):
T T ST T T T ST
T ST T T T ST T
ST T T T ST T T
T T T ST T T ST
T T ST T T ST T
ST T T ST T T
O grau I tem a mesma estrutura do antigo modo Jônico
O grau II tem a mesma estrutura do antigo modo Dórico
O grau III tem a mesma estrutura do antigo modo Frígio
O grau IV tem a mesma estrutura do antigo modo Lídio
O grau V tem a mesma estrutura do antigo modo Mixolídio
O grau VI tem a mesma estrutura do antigo modo Eólio
O grau VII tem a mesma estrutura do antigo modo Lócrio
Todo grau I é um acorde Maior.
Todo grau III é um acorde Menor.
Todo grau IV é um acorde Maior.
Todo grau V é um acorde Maior.
Todo grau VI é um acorde Menor.
Todo grau VII é um acorde Diminuto.
Cruzando as informações temos os tipos de acorde e seus tipos de escala:
Maior - Modos Jônico, Lídio e Mixolídio
Menor - Modos Dórico, Frígio, Eólio e Lócrio
Cada grau terá sua possibilidade de usar tensão ou não, de acordo com suas notas disponíveis. O uso das notas "pares" da escala de cada acorde 2, 4 e 6 ou 9, 11 e 13 como Notas de Tensão (NT) ou Notas de Passagem (NP), na verdade, é que vai caracterizar a sua posição real. Como no exemplo bem acima um Am9 no tom de Fá, não traduz sua escala de origem e por isso, não demonstra nem soa, sua real posição de grau III.
A grande brincadeira é: posicionar ou re-posicionar o acorde pelo uso da escala ou das tensões.
Pode-se fazer um acorde menor ocupando qualquer posição, soar Dórico, Frígio ou Eólio, basta adicionar as tensões respectivas de cada grau ou tocar a escala de cada grau sobre ele. Veja:
Ao se adicionar ao Am7 as tensões (9 11 e13) soa Dórico, soa tom de G
Ao se adicionar ao Am7 a tensão (11) e passar pela b9 e b13, soa Frígio, soa tom de F
Ao se adicionar ao Am7 as tensões (9 e 11) e passar pela b13, soa Eólio, soa tom de C.
Note que Am7(11), pode estar em qualquer grau. Não tem nada que soe característico. É necessário que haja uma melodia ou mais notas para se definir a origem.
Os modos que permitem o uso de todas as tensões são o Lídio, no caso do acorde maior e o Dórico, no caso do menor. Estes modos correspondem aos graus IV e II, respectivamente. Por isso é preciso cuidado para não "lidiar" todos os acordes maiores, transformando a todos em grau IV, pelo uso das tensões e nem transformar todos os menores, em Dórico (II grau).
Ex: Acorde Dm7 (I grau de Ré menor)
com todas as tensões (9, 11 e 13) não é característico do tom, pois a tensão 13, é a nota Si, que não faz parte do tom Dm e sim, do tom C. Veja:
Escala de Dm: Ré Mi Fá Sol Lá Sib Dó Ré é o modo Eólio
Escala de C: Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó ou começando por Ré:
Ré Mi Fá Sol Lá Si Dó que é o modo Dórico.
Em Dm, o Si seria bemol (Sib) e não seria nota de tensão (NT), nem nota de acorde (NA): seria nota de passagem (NP). O acorde com tensões, mais tonal, seria Dm7 (9 11).
Ao usar o Si, trazemos à tona outro contexto: II grau de Dó, onde Dm7 tem as tensões (9, 11 e 13). É como se momentaneamente o contexto fosse C. É claro que a tônica da música é a nota Ré e os outros acordes combinados, cadenciam neste tom, fazendo com que não soe C. Porém também não soa um Dm característico, pois falta a ele uma nota de sua escala, trocada por outra de outra tonalidade.
Há casos em que pode-se acabar simulando mudança de tom, o que às vezes, não é interessante, sonoro e nem foi buscado (intencional).
Superposição de acordes-
Quase todas as superposições são baseadas nestes dois modos e é fácil pensar assim:
Sobre um acorde de Xm, para visualizarmos todas as tensões possíveis, podemos sobrepor um acorde igual um tom acima, preservando a "regra", já que, cada nota do segundo estará distante um tom das notas do primeiro e corresponderão às notas de tensão.
Ex: Sobre um Dm7 (Ré Fá Lá Dó) pensar num Em7 (Mi Sol Si Ré), ali estariam todas as tensões diatônicas para se escolher. Caso sejam sobrepostos, o efeito seria dórico, um acorde de Dm7(9,11e 13) típico do tom de C ou Am.
Célebres Conselhos da Diretoria #8
Mãe: "Meu filho, toma vitamina C e leva um casaco, porque pode esfriar."
Eu Mes #7
Reparou?
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Quando penso muito numa coisa, é porque quero e não tenho,
quando penso que ela poderia ser melhor, é porque já tenho,
quando não uso, nem de vez em quando, é porque não precisava,
quando não lembro de algo que uso muito, é porque estou satisfeito.
Viva meu Honda, meu Tênis da Adidas, meu Imac e as minhas obturações (Nando meu dentista)!!!
Nem lembro que eles existem... Não dão problema!!!
Célebres Conselhos da Diretoria #7
Érica: "Pra ser feliz no casamento, tem que estar feliz no namoro. Pra ser feliz no namoro, tem que estar feliz sozinho."
Gestalt #2
Sentidos, Percepção e Cultura
Quando se traça 3 linhas no papel, mesmo sem se tocarem, pensamos num triângulo. Isso porque fomos treinados para ver deste jeito? Ou porque nossa biologia nos faz assim?
Quando duas lâmpadas são acendidas e apagadas, intercaladamente, seguidas vezes, em uma velocidade baixa, conseguimos perceber que uma acendeu e apagou e depois foi a vez da outra. Quando a velocidade aumenta, a impressão é de que a luz andou de um ponto para o outro. Se a velocidade aumentar ainda mais, teremos a sensação de que estão acesas constantemente. Será que é uma falha na percepção? Ou ela tem um limite?
Quando ouvimos numa orquesta, os 16 violinos tocando a mesma nota, nos parece gracioso, mas no oriente, muitas vezes, podem dizer que o som é desagradável... Eles ouvem mais notas do que nós e, por isso, percebem mais variações entre as notas, até mesmo, entre as que pensamos ser as mesmas. O que nos causa a sensação de uníssono, a eles parece desafino.
Notas no braço dos instrumentos de corda
Não é complicado começar a entender os instrumentos de corda. Na verdade, é necessário apenas o conhecimento de dois pequenos detalhes, um musical e um específico:
1) O musical é saber que as notas do sistema temperado (ocidente) são 12 e não 7. Isso nos faz dar um salto de conhecimento imenso. Passamos a ter noção do tamanho do universo no qual entramos. Então, entre a maioria das notas que conhecemos desde pequenos, existem notas sem nome, que são tão importantes quanto as que tem. Apenas entre o "Mi" e o "Fá" e entre o "Si" e o "Dó" não existe nenhuma outra nota.
Nosso universo é:
Dó / ? / Ré / ? / Mi / Fá / ? / Sol / ? / Lá / ? / Si / Dó
Essas notas sem nome, recebem o nome da nota ao lado, seguido de um sobrenome que indica se a nota foi aumentada (sustenido) ou diminuída (bemol). Então, como exemplo, vejamos a nota entre o "Dó" e o "Ré". No sistema temperado, existe apenas um som, uma nota, mas com duas referências ou dois nomes. Esta nota recebe os nomes de:
Dó / Dó# / Ré (quando estamos num movimento ascendente) ou
Ré / Réb / Dó (descendente)
As 12 notas são denominadas de escala cromática:
Dó / Dó#/ Ré / Ré# / Mi / Fá / Fá# / Sol / Sol# / Lá / Lá# / Si / Dó
2) O específico é saber sua afinação. Em qual nota as cordas daquele instrumento foram afinadas. Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas não fazem idéia da relação existente entre a afinação do instrumento que tocam e a escala cromática. Esta relação faz com que muitas características sejam comuns nestes instrumentos. Uma delas é o fato de na casa XII, se encontrar a mesma nota da corda solta porém na oitava superior. É trivial:
Se a corda for Ré:
Ré / Ré# / Mi / Fá / Fá# / Sol / Sol# / Lá / Lá# / Si / Dó / Dó#/ Ré
0 I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII
Casas
A afinação dos instrumentos não têm uma regra, seguem tradições culturais, normalmente, padrões que facilitam harmonização ou solo, dependendo do uso do instrumento. Alguns instrumentistas, em seus estudos e inspirações, desenvolveram afinações próprias e específicas. Seguem aqui algumas afinações, largamente usadas. Sempre da corda mais aguda para a mais grave:
O Violino é afinado: Mi Lá Ré Sol
O Violoncelo é afinado: Lá Ré Sol Dó
O Contra-Baixo é afinado: Sol Ré Lá Mi
O Contra-Baixo elétrico, ou apenas, Baixo elétrico tem variações muito conhecidas:
5 Cordas: Sol Ré Lá Mi Si ou Dó Sol Ré Lá Mi
6 Cordas: Dó Sol Ré Lá Mi Si
A Guitarra é afinada: Mi Si Sol Ré Lá Mi, tanto a acústica, quanto a elétrica e só no Brasil tem o nome de Violão, portanto, todas as variações e afinações do violão, também foram incorporadas por ela, ou vice-versa.
O Violão é afinado : Mi Si Sol Ré Lá Mi
O Cavaco é afinado: Mi Si Sol Ré ou a mais comum, Ré Si Sol Ré
O Banjo Cavaco tem a mesma afinação do cavaco.
O Violão de cordas de aço, possui a mesma afinação.
O Violão de 7 Cordas é afinado: Mi Si Sol Ré Lá Mi Dó ou
Mi Si Sol Ré Lá Mi Si,
Muitas outras cordas são usadas no violão e afinadas de acordo com a necessidade do instrumentista. Normalmente mantém-se a afinação tradicional nas 6 primeiras.
O Bandolim, tem a mesma afinação do violino: Mi Lá Ré Sol
porém são 8 cordas pareadas em uníssono: MiMi LáLá RéRé SolSol
O Violão Tenor ou Triolim, tem a mesma afinação do Violoncelo: Lá Ré Sol Dó
O Banjo Americano (4 cordas) tem a mesma afinação do Triolim, Violão Tenor e Violoncelo: Lá Ré Sol Dó
A Viola Caipira 10 cordas (5 pares) tem muitas afinações, as que mais ouvi são:
Rio à baixo afinada: Ré Lá Fá# Ré Lá
Rio à cima afinada: Mi Si Sol# Mi Si
Cebolão: Ré Si Sol Ré Sol esta afinação é muito semelhante a do cavaquinho.
Nestes instrumentos, a dobra de corda é mista, o 3 primeiros pares (primas) em uníssono e os 2 últimos (bordões) em oitavas.
No Violão de 12 cordas (6 pares) cuja afinação é a mesma do violão tradicional: Mi Si Sol Ré Lá Mi, a dobra também é mista, porém apenas os 2 primeiros pares em uníssono e o restante em oitavas.
Além da diferença na afinação e nas dobras mistas de corda , existe uma diferença de tamanho, entre a viola e o violão de 12 cordas, que faz com que as cordas da viola fiquem mais frouxas, variando muito o timbre.
Com base neste simples conhecimentos, é fácil deduzir a disposição das notas no braço de cada instrumento e assim as escalas, arpejos e acordes.
Vamos explorá-los?
Podemos numa próxima, começar com algum deles e quem sabe, falar de outros como o "Três" o "Quatro", a "Balalaica", o "Ukulele" etc...
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