segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Coluna de Dezembro de 2020, para o Jornal Portal::

"Quero falar de uma coisa. Adivinha onde ela anda? Deve estar dentro do peito ou caminha pelo ar... Pode estar aqui do lado, bem mais perto que pensamos, a folha da juventude é o nome certo desse amor..."


Milton Nascimento é um gênio. Para mim, o maior de todos. E não dá pra explicar o porquê falando de música, de técnica, nem de nada que seja concreto. Pois, em sua arte, o abstrato é, justamente, o que mais nos impacta.


Nas entrelinhas, acontece o milagre dos peixes, a multiplicação. Seja através de imagens ou de sentimentos, a seiva viva que jaz dentro dela, também transborda nos arrebatando e nos deixando em êxtase. Seus desdobramentos nos levam a lugares maravilhosos, dentro de nós.


As escolhas mais simples e inusitadas produzem efeitos incríveis. Seus arranjos dão nova roupagem à tradição e sua interpretação recheia as canções de amor, fé, esperança e de luz. Elis Regina disse que se Deus falasse, seria com a voz do Bituca.


Não é necessário explicações, sua música fala por si. Aliás, apesar de não ser lembrado como letrista, nesta música, "Coração de estudante", de Wagner Tiso, a letra é dele. Nela, uma aula de como se deve utilizar a subjetividade melódica para dar profundidade à letra. E, então, essa "coisa", sobre a qual ele quer falar, nos alcança e nos impele a voar.


"... Já podaram seus momentos, desviaram seu destino, seu sorriso de menino, quantas vezes se escondeu. Mas renova-se a esperança, nova aurora a cada dia e há que se cuidar do broto, pra que a vida nos dê flor, flor e fruto..."


Temos que cuidar das próximas gerações, perceber o legado que está sendo herdado. Aprender a diferença entre cultura e entretenimento, saber que as duas devem conviver, sem que a segunda esmague a primeira. Assim como percebemos na natureza que o tesouro está na diversidade.


Aproveitando a recente passagem do dia da consciência negra, homenageio este grande artista que representa de forma tão íntegra e completa, o que é a herança africana. Que não se resume a riqueza rítmica, como alguns tentam impor, afinal, a cultura negra nos legou melodias, harmonias e letras riquíssimas. Esse assunto vale, até, uma coluna só para ele.


É uma pena que a ideia de culto ao ritmo, ao que balança o corpo, não represente, de fato, uma riqueza rítmica, mas, sim, uma enorme pobreza. Diversos gêneros brasileiros tiveram sua identidade hackeada e substituída por música mal feita e de mau gosto, com letras toscas que entretêm e estimulam quem quer beber e descer até o chão.


Não tenho nada contra a existência dessas músicas, tampouco, de músicos que vivam desse mercado. Mas não sou surdo, nem cego, e vejo o quanto copiam e imitam, descaradamente, algo que fez sucesso. Ainda que seja por aqueles cinco minutos de fama. Então, me pergunto: será que todo o planeta só gosta disso?


Fazer algo em série, querendo dizer que é cultura, é a mesma coisa que o "palhaço" dizer que seus sanduíches são gourmet. Ora, a cultura é, justamente, o que há de específico, de singular, de característico em cada povo. Envolve a língua, os hábitos, folclore, costumes, crenças e a própria identidade local, que, sempre vai além dessa soma.


Esse "modus operandi" encerra uma maneira simplista de se chegar às camadas mais humildes da população. E ao confundir simplicidade com banalidade, dão um péssimo exemplo às gerações mais novas. Se, antes, havia acesso a uma cultura verdadeira que fazia a mente florescer, com o tempo, o que se quer ouvir, por mau hábito, passou a ser falso e de baixo nível.


A frase de Fernando Brant "todo artista tem de ir aonde o povo está" foi distorcida de forma perversa. E, hoje, dá aos incautos, a ideia de que o artista tem que dar ao povo, somente o que o povo quer. Eu discordo. O artista deve devolver ao povo o que aprendeu, somado com a sua perspectiva, seu ponto de vista.


A relação com o público é importantíssima, mas, nunca, unilateral. Ambos dão e recebem, e esta troca é fundamental. Grandes artistas têm uma relação intensa com o público e, naquela entrega, cheia de gratidão e carinho, tanto se atende a pedidos, como se mostra uma nova canção.


Mas, as relações humanas, muitas vezes, se distorcem e mentiras repetidas tornam-se verdades absolutas. Por isso, nem tudo que chega até nós, vem por mérito do artista e sua equipe, mas por campanhas de marketing e "jabá" para emissoras de rádio e televisão. Estendendo-se, inclusive, à internet.


Nela, vemos de tudo. Grandes artistas que ensinam o que é arte, outros que dependem dela para não serem esquecidos... Vemos uma grande profusão de talentos e, também, de pessoas sem talento algum, misturadas e vendidas num mesmo balcão.


Cantores de chuveiro que sabem se divulgar, podem ter mais espaço do que artistas que não têm intimidade ou domínio de redes sociais. Enfim, hoje é muito difícil saber o que é verdadeiro, honesto e real.


Na rede, além de grandes artistas disputarem espaço com pequenos, o momento é tão singular, que o público anda regredindo e acreditando em tudo o que passa em sua tela. E, pior, acredita também que, por mágica, algo deixa de acontecer ao se negar. Nega-se a eficácia de vacinas e, até mesmo, se volta a crer que a Terra é plana.


Nega-se a matemática, a ciência e a lógica. E este negacionismo, tem a ver com o desconforto em relação aos rumos que a humanidade tomou e a dificuldade de aceitar as dúvidas. No entanto, esse comportamento acirra os atritos e gera mais mal estar.


Hoje, até mesmo quem se diz correto, passa boatos para frente, desde que sejam contra seus inimigos, sem perceber ou se importar de estar agindo da mesma maneira que tanto critica. Na briga de torcida vale tudo, afinal, é só um jogo...


Nesses tempos sombrios, é preciso despertar a pureza que ainda habita nosso ser e que trazemos desde a época da inocência. Não porque somos ingênuos, mas porque somos fortes e entendemos que é preciso. Só ela pode acalentar, de novo, nossos sonhos e nos fazer acreditar num amanhã melhor.


"...Coração de estudante, há que se cuidar da vida, há que se cuidar do mundo - toma conta da amizade! Alegria e muitos sonhos espalhados no caminho, verdes, planta e sentimento: folhas, coração, juventude e fé!"


Que possamos regar estes verdes ramos, para que os frutos da boa vontade possam transformar o mundo num lugar melhor. Feliz Natal!


Até a próxima!


Coluna de Novembro de 2020 para o Jornal Portal:

Depois de sete meses de quarentena, voltei a tocar ao vivo, na minha roda de samba. As velhas letras, que um dia cantei no automático e que, naquele dia, por pouco não me fugiam, me pareciam novas de novo. Ganhavam o frescor de uma música que acabara de aprender... Renovar, muitas vezes, é, só, recomeçar.


Olhando a nossa volta, podemos aprender continuamente. O simples fato de estarmos presentes no planeta, já pode nos ensinar. A lua nos fez pensar num círculo? Talvez... Ou - quem sabe? - tenha sido a íris de nossas mães. Dali, pensamos na roda, nos astros, nas órbitas, nos átomos...


Pensamos nos dias, meses e anos, nas estações de um ano, no Pi, no Fi, na bola de gude ou de futebol. Todo mundo pensa nisso. Você não é o único esquisito... Através dessas analogias vamos entendendo o universo ao nosso redor, o macro e o microcosmos. Pensar, nos fez perceber os ciclos e nos levou a uma maneira de compreender a vida.


Ela própria, nos parece um ciclo. Nascer, crescer, reproduzir e morrer. Entre estes estágios podemos, gratuitamente, respirar, ver, ouvir, tocar, pensar, sentir gosto e cheiro, falar, ter sensações e sentimentos, que são comuns a todos. Assim como, é comum, querer expressar e passar adiante nossos medos, anseios, angústias, alegrias, dúvidas e "certezas".


Ao mesmo tempo, precisamos imitar tudo que já deu certo. Aquela ideia de pegar uma pele de animal e colocar nos pés ou nos ombros, foi boa. Aquela outra, de desviar a água do rio, também.

Sem o acúmulo de experiências de nossos antepassados, teríamos que reinventar tudo, todo dia. Estaríamos andando sem sair do lugar.


Chegamos aos números, que nos ajudam a fazer comparações. À moeda que é uma tentativa de relacionar valores de coisas muito diferentes. A ideia é boa, mas permite especulação e exploração. Ainda vamos chegar lá... A evolução é lenta, porém, o caminho é só de ida. Mesmo que o melhor para o planeta seja nosso fim.


Podemos pensar no fim como término ou como finalidade. Pode-se estudar música com o objetivo de ser músico ou de entender a vida. Já que nela se percebe ciclos análogos a tudo o que existe. Muito se aprende, também, sobre acabar, nos dois sentidos: do acabamento e do final.


Como disse Da Vinci: "A simplicidade é o último grau da sofisticação". E a natureza é nosso maior exemplo. Muitas vezes, o acabamento é, apenas, enganar os sentidos de quem vê, não com o objetivo de ludibriar, mas de satisfazer necessidades. Uma superfície espelhada não existe, mas passa aos nossos sentidos a sensação de que é real. No entanto, se analisada ao microscópio, percebe-se que ainda existe rugosidade ali, porém, tornou-se intangível a nossa percepção.


Outro exemplo disso, que já, até, comentei outras vezes aqui, é o filtro de ruído, que, ao invés de cortar uma determinada nota que sobra, a amplifica, até que atinja uma frequência acima de 20.000Hz, tornando-se inaudível para nós, mas não para um cão... Mais uma vez, a solução não foi consertar o mundo, mas alterá-lo o suficiente para não nos incomodar.


Conhecer o parâmetro humano fez com que não se fosse preciso ir tão fundo, de uma só vez, nos permitindo avançar gradualmente, usando nossa cognição como referência. Em outros casos, como o da física, por exemplo, acabamos compreendendo que fórmulas que funcionam bem dentro do planeta, poderiam não se aplicar ao espaço.


O final, assim como na arte, não se resume ao "The end", já que finais acontecem amiúde e sem restrições. Em nossa vida existem vários: ciclos que terminam e iniciam, pessoas que vem e que vão, personagens que morrem e que surgem.... Fatos, aniversários, formaturas, trabalhos e sempre - relacionamentos. Como disse Nelson Mota, em sua letra para a melodia de Lulu Santos: "A vida vem em ondas como o mar - Num indo e vindo infinito."


Temos que viver sem temer o final. Sabendo que ele existe e que pode acontecer em qualquer lugar e momento. Temos que estar preparados. Ao contrário da arte, onde se pode escolher o final num sorteio e prepará-lo ao longo do caminho, podendo torná-lo apoteótico, na vida, as escolhas de como iremos percorrer o caminho, torna o final melhor ou pior.


Na arte, o final é o grande momento, o desfecho. É o que pode deixar o público frustrado ou eufórico. Alguns artistas começam a obra pelo final. Sejam músicas, peças, livros... Tudo se desenvolve tendo como objetivo o fim. Como um orgasmo seguido daquele torpor, que em francês, é chamado de petite-mort.


Como na letra de "Planeta Sonho", de Marcio Borges: "E lá no fim daquele mar, a minha estrela vai se apagar - Como brilhou! Fogo solto no caos! ... E lá no fim daquele azul, os meus acordes vão terminar - Não haverá outro som pelo ar!"


Existem pequenos começos e finais no decorrer de uma peça. As pausas... A dinâmica.... Situações que começam depois do início e se concluem antes do fim, e que vão nos tirando ou enchendo de esperança. E, paradoxalmente, o que mais se espera é um final inesperado.


Mas, existe também o final óbvio, com um desenvolvimento surpreendente. Quem nunca leu um livro sobre alguma figura histórica, cuja morte já conhecíamos, entretanto, o que mais nos deixa boquiabertos é a maneira como conduziu sua vida. Como encarou seus problemas ou desenvolveu habilidades, para transformar suas fraquezas em força. Como teve tanta coragem, para fazer o que fez?


Claro que a maneira como somos levados até o final, a forma de se contar a história muda bastante nossa perspectiva e experiência. Inclusive, cada contador, carrega mais nas tintas que prefere e sempre traz seu ponto de vista somado àquilo que conta.


Poderíamos ter os dois finais? Chegar ao óbvio e, ainda assim, nos surpreendermos? Como já disse, nossa única certeza são as dúvidas, por isso, é sempre saudável duvidar. Não nutrir-se de certezas e, afastar a prepotência que vem delas.


Em "Canto para minha morte", Rauzito diz o seguinte: "Vou te encontrar vestida de cetim, pois, em qualquer lugar, esperas só por mim. E, no teu beijo, provar o gosto estranho, que eu quero e não desejo, mas tenho que encontrar... Vem! Mas, demore a chegar. Eu te detesto e amo, Morte, Morte, Morte que, talvez, seja o segredo dessa vida."


Até a próxima!


Coluna de Outubro de 2020 para o Jornal Portal

Chega a primavera e aquele Ipê lindo, que habita a rua Caruaru, aqui no Grajaú, floresce amarelo. É uma árvore pequena, super fotogênica e com uma aura majestosa. Que ser magnífico! Que imagem para apreciar! Aliás, tudo na natureza tem um design maravilhoso. E eu me pergunto: qual seria o motivo?

Essa pergunta é retórica, como quase todas em nossa vida, afinal, não temos nenhuma resposta pronta. Vivemos na busca constante por responde-las. Já que a verdade é fluida e a mente trai. Como disse Rauzito: "Que o mel é doce, é coisa que me nego a afirmar, mas que parece doce, eu afirmo plenamente."

Dependentes de um ponto de vista, nunca temos uma consciência plena, mas, sempre, parcial. Como naquela charge, onde dois caras lêem um número no chão, um diz que é 6, o outro diz que é 9 e brigam. No entanto, como um olhava por cima e o outro por baixo, os dois estavam certos.

Buscamos respostas exatas para coisas que não devem ser pensadas dessa maneira, por possuírem diversas respostas reais. Nossa incapacidade de trocar a lógica, dependendo do assunto, tem resultado em conflitos desnecessários.


Por isso, digo que não há certeza de quase nada. Entre as poucas que podemos ter, estão: a vida, a morte, a gravidade, o medo, a impermanência e as perguntas sem resposta. Com essa informação, podemos amenizar nossas angústias e perceber o quanto nos ilude pensar que temos as respostas certas.


Cada um traz, dentro de si, respostas e verdades que não são unânimes. É ilusão pensar que nossa opinião é mais qualificada e que devemos matar ou morrer por ela. Muitas vezes, ficar calado, ouvir e se interessar pela demanda dos outros, tem muito mais efeito do que vomitar nossas convicções. 


Numa perspectiva histórica, não somos nada. O que fazer então? Alguns construíram monumentos, afim de ter seu nome lembrado. Outros preferiram deixar como legado, relevantes contribuições para o desenvolvimento da humanidade. O que visavam? Ser lembrados ou contribuir com o formigueiro?


Sejam os objetivos egoístas ou altruístas, um meteoro ou outra guerra, pode fazer tudo virar pó e, simplesmente, desaparecermos sem deixar rastro. Pode parecer pessimismo, mas o objetivo do texto é, apenas, chamar a atenção para o que, realmente, importa. Tentar ajudar a fazer a ficha cair.


Tenho a esperança de que alguém que leia, possa abraçar as incertezas e a falta de respostas e entender que essa é uma condição humana e que, sabendo conviver com isso, podemos ir muito além. Porém, é preciso incorporar, de novo, a postura da humildade, pela constatação inexorável de que nada sabemos.


A natureza, por ter bilhões de anos a mais do que nós, sempre nos ensina. E aquela pequena flor, que nasce no cume do morro mais alto, apesar de lutar contra todas as adversidades, sempre se apresenta com todo seu esplendor. Assim como a pequena abelha faz o mel, mesmo sem ser notada. E a mais bela pedra preciosa se encontra nas entranhas da terra. Qual é nosso propósito?


Fama? Sucesso? Qual é a nossa contribuição? A maioria das maravilhas da natureza, nunca será vista por nós, nunca será filmada para documentários. Nunca saberemos os nomes destes pequenos seres vivos do planeta, células microscópicas mas, nunca, insignificantes. Anônimos mas, nunca, irrelevantes.


O Ipê, a flor e a abelha dão o melhor de si. Dão tudo o que têm. Dão suas vidas. Não importa o quanto nós os valorizamos. Muitas vezes, ignoramos o simples, esperando “fazer a diferença” e deixamos escapar diversas oportunidades de servir para alguma causa ou alguma coisa: “A gente somos inúteis”. 


Em cada trabalho é preciso estar presente, de corpo e alma. Ainda que seja para limpar uma latrina. Não há trabalho menor. Temos que dar nosso melhor, seja como profissional ou ser humano. Não se trata de ser melhor do que ninguém, apenas, a melhor versão de nós mesmos. Usando o presente e, não, esperando por um futuro incerto, vendo a vida se esgotar.


Certo dia, um desconhecido compartilhou sua vida, através de um texto, de um quadro, de filme ou canção. Não apenas com a intenção de botar pra fora seus fantasmas, mas buscando se comunicar. Sem querer, senti o chamado e sua mensagem me serviu. Só isso já basta. É o trabalho da borboleta. Sem plateia.


A vida não precisa de aplauso. Acontece independente de espectadores. E curiosamente, flui. O ser vivo de ontem, é o combustível fóssil de hoje. Já foi planta, dinossauro, petróleo, energia e agora é fumaça. Que volta ao solo e alimenta outra planta. Temos que parar de temer e passar a ver a beleza deste ciclo, que acontece há bilhões de anos, alheio ao nosso consentimento.


Por pensar assim, tenho muito cuidado com o que passo aos alunos, muita responsabilidade. Medo de errar. De falar uma verdade que penso hoje e que amanhã pensarei diferente. Não porque a coisa, em si, vá mudar, mas porque vou pensar de outra forma, vou mudar meu olhar. Por isso, tenho muita cautela.


Educar de verdade, com profundidade, é difícil. Não se trata de criar técnicos e especialistas, mas, mentes críticas, flexíveis e empáticas. Que pensem por si mesmos, sem diminuir o outro. Ensinar é ensinar sobre a vida. Através de uma ferramenta, um ponto de vista, um estado de espírito, que pode ser qualquer matéria, mas acredito, particularmente, no poder da arte.


Aos alunos, digo que sou um irmão mais velho, que tive mais experiência e posso auxiliar. Sem a arrogância de quem tem as respostas, mas, sim, com a certeza de que estou longe delas. Qualquer professor sabe o quanto se aprende com as particularidades de cada olhar de seus alunos.


Ninguém detém a verdade. Até mesmo quem diz seguir a palavra de Deus, está sujeito ao ônus de uma má interpretação. Na vida, surgem situações que nos exigem repensar e que colocam em cheque nossas certezas. No entanto, as velhas perguntas, nos mantém na busca pela virtude, pela verdade inatingível.


Distorcendo o tempo, disparamos contra as horas, ao invés de usá-las a nosso favor. Numa corrida desenfreada por ter, estamos esquecendo de ser, de desfrutar nossa família, amigos e planeta. Não falo de festa, falo de silêncio, de observação, de amor, de gozar a existência em harmonia com o cosmos.


Abraços e até a próxima!